Uma das estratégias mais eficientes para conter a pandemia do Coronavírus é a disseminação de informações corretas sobre como se proteger e como lidar com a doença. Infelizmente, em vez de iluminar o caminho com fatos e transparência, desde o começo dessa crise autoridades públicas vêm agindo como se tivessem o propósito de desinformar, ora escondendo, ora sustentando crendices. Nesse ambiente, o trabalho da imprensa vem sendo absolutamente indispensável para equipar as pessoas com os melhores recursos possíveis para se defender — tanto do vírus, como de autoridades ineptas.
Em meio a enxurradas de fake news e declarações oficiais irresponsáveis, as pessoas estão reencontrando no jornalismo uma fonte segura de informações úteis e confiáveis para tocar suas vidas com mais segurança. Por isso, recebemos com máxima preocupação a notícia de que importantes veículos de mídia vêm propondo cortes salariais e de jornada para suas equipes de profissionais. Ninguém ficaria indiferente se, nesse momento, hospitais decidissem tomar medidas semelhantes com seus médicos e enfermeiros. Pois, agora, não há razão para se entender que jornalistas sejam menos necessários do que profissionais de saúde. Reconhecemos as grandes dificuldades de caixa enfrentadas por empresas de praticamente todos os setores, inclusive grupos de comunicação, mas não se pode tratar o jornalismo a não ser como um serviço diferenciado, de máxima utilidade pública, responsável por salvar vidas.
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