Empresa desempenha o verdadeiro papel de uma estatal; é preciso capturar as oportunidades de negócios
Em um país continental e culturalmente diverso, não se pode minimizar o feito de uma empresa que atende a todos os brasileiros, seja nas grandes cidades ou nas áreas remotas. Os Correios, em 362 anos de história, alcançam esse feito, promovendo acesso a serviços básicos e cidadania.
Ciente desse papel estratégico, o presidente Lula foi assertivo ao preservar o caráter estatal dos Correios, interrompendo o processo da gestão anterior que deteriorou a empresa.
Quem demoniza a capacidade do Estado de prestar serviços aos cidadãos tenta ocultar esses benefícios. É preciso capturar as oportunidades de negócios que a capilaridade, a competitividade e a excelência dos Correios proporcionam.
Nossa gestão concilia as dimensões social e empresarial. Enquanto instituição pública cidadã, um exemplo de atuação é a universalização dos CEPs. Em dois anos, a ação levou endereço e serviço postal a comunidades vulneráveis, beneficiando 1 milhão de pessoas. O morador da periferia deve receber sua encomenda em casa como o cidadão que vive no centro desenvolvido.
Outros destaques: parceria com o INSS, com mais de 7.000 agências recebendo solicitações de benefícios previdenciários; beneficiários de programas sociais da Caixa que acessam serviços nos Correios, evitando grandes deslocamentos; realização com 100% de eficiência de megaoperações logísticas como o Enem; a entrega de livros às escolas públicas; a distribuição de urnas eleitorais. E apoio à maior operação de solidariedade da história nacional: a entrega de mais de 30 mil toneladas de donativos após a catástrofe ambiental que abateu o Rio Grande do Sul em maio de 2024.
Por outro lado, em um mercado desafiador, estamos dedicados em incrementar nossas receitas. Assim como outros operadores postais do mundo, diante da digitalização da comunicação, os Correios estão mudando seu foco para logística e comércio eletrônico. Retomamos os investimentos com foco na eficiência de nossa operação, investimos em unidades, veículos e tecnologia mais de R$ 2 bilhões em 2023 e 2024, movimento necessário para o projeto de recuperação da empresa, após anos de sucateamento.
Com uma estratégia comercial arrojada, estamos firmando parcerias e rentabilizando nossos ativos. Estamos ainda expandindo nossa capacidade para importantes segmentos, temos hoje operações dedicadas às áreas de educação pública e fármacos em nove estados e contratos com diversos entes públicos. Os Correios se firmam como a maior e melhor opção para o mercado público e privado.
Em 2025, rumo aos “Correios do Futuro”, lançaremos uma plataforma de marketplace e anunciaremos novas parcerias, soluções financeiras, banco digital, serviços relacionados à conectividade, além de outros projetos com foco em inovação, sustentabilidade e modernização operacional.
Assim que uma estatal pública deve atuar: transformando desafios em oportunidades, por meio da inovação, para ampliar seu impacto social.
Por fim, saúdo também as Carteiras e os Carteiros pelo seu dia, 25 de janeiro, pela dedicação, confiança e presença em cada canto do país.
Os Correios, patrimônio nacional, reafirmam seu compromisso com o Brasil e avançam com foco no futuro, conectados ao povo e promovendo um desenvolvimento mais integrado e eficiente.
Artigo publicado originalmente na Folha de S. Paulo.
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