Segundo apurou o DCM, Dallagnol sonhava com o Senado. Por ser improvável, o convenceram a ser deputado, o que foi aceito facilmente pelo procurador.
Mais cedo, ele já havia deixado claro sua intenção em disputar um cargo eletivo. Porém, mentiu ainda dizendo que não alimenta uma pretensão política no momento.
“Nunca tive pretensão política, mas não descarto. Não dialoguei com partidos, mas não descarto. Acho saudável a defesa de causas”, destacou em entrevista.
Deltan critica mudanças para juízes
Dallagnol criticou também a proposta que muda o período de desligamento para que membros de algumas categorias, como juízes e promotores, possam disputar cargos eletivos. Segundo ele, impedir uma classe de participar da vida pública representa cercear diretamente a democracia. Com informações da Paraiba.com.br.
No mês passado, por 273 votos a 211, os deputados federais aprovaram emenda exigindo o desligamento de seu cargo, quatro anos antes do pleito, para juízes, membros do Ministério Público, policiais federais, rodoviários federais, policiais civis, guardas municipais, militares e policiais militares.
Delação manipulada por Dallagnol
No último sábado (16), o DCM revelou que os procuradores da extinta força-tarefa de Curitiba propuseram cláusulas extras, criaram uma nova versão e negociaram os termos da delação premiada do ex-executivo da Petrobras Pedro Barusco, no início de 2015.
O objetivo era incluir o Partido dos Trabalhadores entre as figuras delatadas, com a intenção manifesta de atingir fins políticos e “derrubar a República”.
É o que mostram diálogos travados por mensagens de celular entre Deltan e Athayde – respectivamente chefe e membro da Lava Jato – analisados pela Polícia Federal no âmbito da chamada Operação Spoofing.
Publicado originalmente no DCM.
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