A quantidade de mulheres mortas por seus ex-maridos, namorados, companheiros, se tornou explosiva e trouxe à luz, nesses últimos dias, uma realidade cruel que bestifica a sociedade brasileira.
O Feminicidio contém uma mensagem explícita de que o Machismo não aceita a libertação das mulheres, nenhuma mudança de comportamento e/ou empoderamento das mulheres será tolerado.
O feminicidio é amplo e plural, atinge as raças e as classes, é uma imposição de gênero, a força do patriacardo, que vai da periferia aos palácios, é força do macho, a crueldade passada de geração a geração, que cresce quando no poder existe uma clara ordem de que as mulheres devem se submeter aos homens, as mensagens religiosas retrógradas transformadas em política, por ação ou omissão.
O feminicidio é a expressão menos sutil do machismo, é a exposição última de um poder exercido pela força, no dia a dia, nas relações humanas, em que prevalece o homem, no trabalho, na escola, na política, e, por óbvio, nos lares.
Essa relação de força transforma muitas mulheres em sobreviventes, “mortas em vida”, pois esse poder é exercdo não apenas pelo companheiro, como também pelas instituições que revitimam as mulheres e não lhes dão a menor chance de defesa.
A baixa presença da mulheres na política, no judiciário, é uma das razões de menor resistência, mesmo quando chegam, muitas vezes, as imposições masculinas não lhes permitem mudar a realidade, algumas se adaptam ou se adequam às instituições, não produzindo mudanças estruturais tão urgentes e necessárias.
A reflexão é de um homem, pode ser desconsiderada,, não é nosso lugar de fala, não busca protagonismo algum, apenas se colocar como aliado, se acharem conveniente, e que busca dia a dia combater a praga genética do Machismo.
Publicado no Jornal GGN.
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