As conversas reveladas pela Operação Spoofing – deflagrada pela Polícia Federal sob ordem judicial – ainda que tenham sido obtidas ilicitamente, têm o condão de levar para o espaço público do debate político as estratégias, o uso do Direito e o modus operandi dos integrantes da Operação Lava-Jato. E nos diálogos que envolvem, direta ou indiretamente, juiz, procuradores, delegados ou auditores fiscais, emerge a cultura política arrogante daqueles que, por não serem capazes de estabelecer uma distinção entre o público e o privado, comportam-se como se fossem os detentores do monopólio dos valores da República.
Paradoxalmente, afirmam lutar contra a corrupção, as prebendas e o patrimonialismo. Mas agem sem seriedade, sem compromisso com a técnica ou o processo e, ao mesmo tempo, transformam tanto os seus alvos, como os seus opositores, em pessoas que devem ser destruídas.
Esta postura elitista, vingativa e aniquiladora, vinculada aos poderes do Estado, recaiu sobre o ex-deputado do Partido dos Trabalhadores, Wadih Damous. Combativo e comprometido com a defesa do Estado de Direito, Wadih Damous foi um parlamentar que não se intimidou com a farsa que levou à popularidade da Força-Tarefa e denunciou, desde o início, as ilegalidades cometidas no âmbito da Operação Lava-Jato. As conversas da Operação Spoofing, cuja linguagem chula não merece aqui ser repetida, mostram como os procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba pretenderam investigar e prender Wadih Damous no momento em que ele deixava o mandato parlamentar que desempenhava na qualidade de suplente, apenas por conta da sua postura crítica e corajosa.
Certamente nada foi encontrado contra um homem público correto que jamais teve o seu nome envolvido em qualquer tipo de irregularidade. Wadih Damous também é um advogado cuja trajetória se confunde com a história do Sindicato dos Advogados do Rio de Janeiro e com a Ordem dos Advogados da mesma cidade. Integrante do Grupo Prerrogativas, nos honra com sua altivez profissional, espírito público e impecável atuação parlamentar.
Grupo Prerrogativas, 25 de fevereiro de 2021
2 comments
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Marcos Luiz Oliveira de Souza
25/02/2021, 18:07Wadih é reto e corajoso. Tem o meu apoio e solidariedade.
ResponderAntero Luiz Cunha
25/02/2021, 18:48Wadih Damous muito honra a advocacia do Rio de Janeiro. Correto, honesto e combativo sempre contra fascistas e exploradores da miséria desse Pais teria que ser alvo do mais abjeto grupelho judicial que se formou neste Pais imoral: a Lava Jato. Wadih não se confunde com os responsáveis pelas maiores desmandos cometidos num Judiciário que, com certeza, é dos piores do mundo. Meu apoio e solidariedade irrestrita ao digno homem público Wadih Damous.
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