Por Lauro Jardim
A OAB acaba de criar o Prêmio Luiz Gama, que será concedido a duas personalidades (preferencialmente, advogados) e uma instituição que se destaquem na defesa e na promoção da igualdade, justiça social e no combate ao racismo e às desigualdades raciais, sociais e regionais.
A partir de uma proposta do conselheiro André Costa, aliás, o único negro entre os 81 conselheiros federais da OAB, o prêmio leva o nome do advogado Luiz Gama.
Também escritor, jornalista, poeta, abolicionista e republicano, Gama, nascido livre de mãe negra e pai branco, foi escravizado aos 10 anos (depois de ser vendido pelo próprio pai) e era analfabeto até os 17 anos. Foi um importante (e raro) intelectual negro em pleno Brasil escravocrata do século XIX.
Publicado originalmente em O Globo.
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