Por Juca Kfouri
Aos 91 anos, um dos maiores cartunistas da História do Brasil descansou.
Ziraldo estava doente havia tempo e jamais mereceu sofrer, até porque sofreu com a estupidez da ditadura brasileira que chegou a prendê-lo.
Mineiro doce e solidário criou personagens imortais, do Menino Maluquinho ao Jeremias, o Bom.
Jeremias era tão bom, mas tão bom que, botafoguense, com dois filhos rubro-negros, quando o Glorioso fazia gols no Flamengo ele saía da sala, ia ao banheiro, fechava a porta e só aí soltava o grito de gol.
Ziraldo redesenhou todos os mascotes dos principais clubes do Brasil, cada um mais bonito que o outro.
E quando houve a célebre Invasão Corintiana no Rio, em 1976, estampou na primeira página do Jornal do Brasil, então o mais importante do país, duas charges inesquecíveis para a Fiel.
Nem Ziraldo e nem seus personagens jamais morrerão.
Artigo publicado originalmente no UOL.
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