Depois de meses de tratativas e várias opções contempladas, o ex-governador de São Paulo, um dos fundadores do PSDB, filia-se ao PSB para ser o companheiro de chapa de Lula na disputa pelo Palácio do Planalto. Uma união que fez tremer as bases do petismo, por fim enquadradas pelo ex-presidente, e emparedou antigos aliados do ex-tucano, como seu sucessor no Bandeirantes, João Doria.
Neste episódio, Renata Lo Prete conversa com o jornalista Fábio Zambeli sobre a surpreendente construção que devolveu protagonismo a um político escanteado por seus próprios correligionários depois da derrota em 2018, quando ficou em 4º lugar na corrida presidencial, com menos de 5% dos votos. E também sobre a ironia do destino: o escolhido por Lula, líder de todas as pesquisas para o pleito de outubro, foi, sob vários aspectos, um eterno estranho no ninho dos grão-tucanos – de perfil orgulhosamente modesto, à direita em questões de comportamento e mais pragmático como administrador. Analista-chefe da plataforma Jota em São Paulo, Zambeli aposta que, na campanha, Geraldo Alckmin cumprirá missões pontuais, em áreas onde transita bem, como o agronegócio. “Ele sabe que não faz sentido disputar espaço com quem está encabeçando a chapa e tem os votos”, resume. Mesma lógica em caso de vitória, avalia o jornalista, lembrando que Alckmin foi um vice 100% leal a Mario Covas no governo paulista: “Lula já disse a pessoas próximas que confia nele nesse sentido”.
Podcast publicado originalmente em O Assunto.
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