Por Luis Nassif
Agora, que virou definitivamente o pêndulo do pensamento econômico, o Cofecon terá papel central como referência de opinião.
Ontem, o Jornal GGN foi agraciado com o Prêmio Cofecon (Conselho Federal de Economia) de Melhor Veículo de mídia. Foi o segundo prêmio Cofecon seguido.
Foi uma grande honra para nós, da equipe GGN, mais ainda com a presença de outros homenageados e eleitos. Pela segunda vez, o Cofecon elege como presidente Antonio Correa de Lacerda. Há muito tempo, Lacerda constitui-se em uma das lideranças para objetivas e coerentes da categoria dos economistas. Não se deixou seduzir pela formas de cooptação do mercado e seu trabalho tem compromisso permanente com o desenvolvimento e a geração de empregos.
As homenagens se estenderam a pessoas e instituições que honram o serviço público brasileiro.
Uma delas foi a Fiocruz, representada por sua presidente Nísia Trindade Lima, que venceu o Prêmio Mulher Transformadora. Há décadas, a saúde é o setor em que o país mais avançou. O modelo federativo do SUS (Sistema Único de Saúde), as pesquisas e a produção de ponta da Fiocruz e dos Butantã. E, especialmente, a resistência heróica da comunidade Fiocruz aos avanços dos antivacinas.
Outra instituição essencial homenageada foi o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Em um governo em que indicados por Paulo Guedes tiveram comportamento dúbio em instituições como o Banco do Brasil, Petrobras, foi fundamental a resistência do IBGE a qualquer forma de interferência do governo. Manteve a qualidade de suas pesquisas, mesmo sob tiroteio crítico de Paulo Guedes, que culminou com o comprometimento do censo demográfico de 2020.
A terceira instituição homenageada foi o Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, historicamente um dos centros mais relevantes de pensamento econômico brasileiro, a partir dos gurus Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa e Antonio Barros de Castro.
Houve dois prêmios especiais, o da Personalidade Econômica do Ano – pelo segundo ano premiando a economia Denise Lobato Gentil, doutora em Economia pela UFRJ, especializada em macroeconomia, com foco na área fiscal, seguridade social d desenvolvimento econômico – temas, aliás, que serão centrais na reconstrução do país.
O segundo prêmio, de Mulher Economista, foi para Esther Dwek que há tempos se destaca pela clareza das análises, especialmente no torvelinho de discussões pós 2014. Dweck é professora associada do Instituto de Economia da UFRJ.
Agora, que virou definitivamente o pêndulo do pensamento econômico, o Cofecon terá papel central como referência de opinião.
Publicado originalmente no Jornal GGN.
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