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Contradição da Uberização

Aquela perspectiva de produção sem trabalho humano, não passa de um velho devaneio do Kapital, tá lá em Marx, antes dele, no Ludistas.

A sociedade super dividida, atomizada, dos “empreendedores”, quebrou a espinha dorsal da solidariedade laboral, das associações, sindicatos e partidos.

A fragmentação da unidades produtivas, sua dispersão pelo planeta e que depois se remonta, parte a parte, na China ou nos EUA, tudo para impedir a aproximação proletária.

A destruição do Estado de bem-estar social, o poder de coesão estatal, do seus agentes, também do ponto de vista de luta, como também organizacional, é um esforço ultraliberal para impedir qualquer resistência.

Os novos modelos de educação, EAD, método de aulas sem interação professor-aluno, que rompe os vínculos humanos, afetivos e de aproximação política.

As redes comerciais, de bancos sem funcionários, de atendimentos por aplicativos, que distanciam as pessoas, até nas relações de consumo, do comércio eletrônico ao pedido de comida.

As relações humanas, paixão, sexo, paquera, flerte, quase sem contato, higiênicos e sem envolvimentos, orientados por redes sociais e aplicativos.

Ver filmes, cinema, não mais a dois, ou grupo, mas no Netflix, Amazon etc.

Tudo isso cria um enorme distanciamento, uma frieza inacreditável, uma sociedade sem sentimentos humanos e de que se organize, apenas via petições onlines, avaaz e outras.

Entretanto, os instintos básicos, que permitiram o desenvolvimento de mulheres e homens, como seres destacados da natureza, darão a resposta.

Aquela perspectiva de produção sem trabalho humano, não passa de um velho devaneio do Kapital, tá lá em Marx, antes dele, no Ludistas.

O amalgama disperso, será feito não no direito trabalhista, sindical, mas em associações totalizantes que encorporem a luta de ubers e trabalhadoras, e isso será feito por Direitos Humanos.

Essa é a contradição central da Uberização, dividiram tanto a classe, que só nossa união TOTAL, nos salvará da Barbárie.

Artigo publicado originalmente no Jornal GGN.

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