Por Cleiton Coutinho
Vivemos um momento crucial na política nacional. Onde de um lado temos a junção de tudo que representa a aristocracia escravagista e retrógrada do país e de outro a soma das forças, que formam importante frente ampla, plural e decisiva a manutenção da democracia no país.
Quando da redemocratização do país, na busca do fim de um período sombrio, totalitário e devastador no Brasil, a figura política de Ulysses Guimarães, com liderança forte e visão ampla foi capaz de unificar a classe política moderada e defensora das liberdades democráticas, movimentos sociais e setores progressistas das diversas matizes com uma pauta incomum que precedia a qualquer mudança conjuntural e socioeconômica, que era exatamente a necessidade de uma transição do regime de exceção para o regime democrático.
Naquela oportunidade, o país clamava por eleições diretas e por uma nova Constituição Federal, que fosse capaz de unificar o país na busca por direitos e garantias fundamentais, sociais, trabalhistas e que na sua concepção apontasse que somos um país solidário, fraterno e que busca a igualdade entre os nossos e as demais nações.
Lula, simboliza no momento histórico que vivemos, a liderança inquestionável, que tinha Ulisses Guimarães e de quem tem a capacidade de aglutinar tais forças democráticas, que independente das posições partidárias ou conceitos programáticos de governança sabe o valor do Estado Democrático de Direito.
Essa dimensão de liderança não é fácil ser alcançada. Lembremos Robespierre, o qual defendia que “a mesma autoridade divina que ordena aos reis serem justos, proíbe aos povos serem escravos”, mesmo sendo um dos personagens mais importantes da Revolução Francesa, não atingiu o ápice de aglutinar tamanha força de ser garantidor de um regime democrático, em que pese indubitável importância histórica no referido processo francês acabou guilhotinado.
Lula foi preso, como os principais líderes do planeta que ousam enfrentar o sistema, porém, se mostrou capaz de voltar a liderar o campo democrático e ser o construtor de um arranjo político invejável as melhores mentes, incluindo, a classe intelectual.
Esse arranjo envolve a quem se coloca como democrático, desnuda a ignorância de classes e expõe a mediocridade dos que insistem na manutenção de um governo incapaz, nem sequer de manter os que o apoiam, já que a crise política, econômica e social, consegue atingir a todos os níveis da sociedade, pelos diversos problemas enfrentados, que vão da miserabilidade extrema a quebra da indústria e enfraquecimento do agronegócio.
É tempo de mudança, sendo necessário que os setores que não refletiram a oportunidade de termos uma liderança com a capacidade que tem o Presidente Lula, o façam e possibilitem a si mesmo serem melhores quanto seres humanos, admitindo que essa liderança é na atualidade e sem exageros, a única capaz de garantir a manutenção do Estado Democrático, como foi Ulysses Guimarães a liderança capaz de garantir a transição do Estado Ditador para a democracia.
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