A posse de Aloizio Mercadante na presidência do BNDES seguiu a tônica do primeiro mês de governo Lula e procurou marcar a ruptura com as práticas da gestão Bolsonaro. Concorrido, o evento reuniu de banqueiros a representantes do MST.
Todo o cerimonial do evento foi pensado para marcar as diferenças da gestão de Mercadante com a linha seguida no BNDES durante a gestão anterior —o banco era presidido por Gustavo Montezano, amigo de infância dos filhos de Bolsonaro.
A lista de presenças reuniu desde a nata do PIB brasileiro até lideranças sociais.
Quem foi à posse de Mercadante no BNDES:
- Luiz Carlos Trabuco – Bradesco
- Pedro Moreira Salles – Itaú
- Josué Gomes – presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo)
- João Paulo Rodrigues, coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que foi citado nominalmente por Mercadante.
- Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que foi destacado por Lula
- Também havia na plateia representantes indígenas
A preocupação também se manifestou na escolha de quem ficaria no palco. Além de Lula, sua esposa Janja, da ex-presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Geraldo Alckmin, a única integrante do governo federal chamada foi Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.
Isso mesmo diante do fato de grande parte do primeiro escalão do governo estar presente na solenidade.
Nunca mais vamos ter um palco sem um negro e uma negra. Mulheres e negros vão fazer parte da história do BNDES
Aloizio Mercadante, em referência à presença de Anielle Franco
Até mesmo o cantor Chico Buarque foi mencionado. Mercadante brincou:
O Chico Buarque me ensinou que aqui no Rio, bota um boné e um óculos escuros que dá para sair. Agora ele está aqui, mas não vou falar onde para não desorganizar
A reportagem não viu o cantor no evento.
Publicado originalmente no UOL.
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