Rafa Kalimann, Maria Paula, Letícia Sabatella, Zezé Polessa, Lázaro Ramos, Cissa Guimarães, Elisa Lucinda e Leona Cavalli, são alguns dos artistas que subiram ao palco do Ato pela Terra, para engrossar o coro da mobilização convocada por Caetano Veloso contra o Pacote da Destruição, na tarde desta quarta-feira, dia 9, na Esplanada dos Ministérios.
Eles antecederam o show de Caetano Veloso que após abrir cantando Força Estranha, declarou: “O Brasil tem alma, o Brasil tem gente, o Brasil resiste”, sob os aplausos de milhares de pessoas que compareceram ao ato histórico, próximo ao Congresso Nacional, em Brasília.
“Um mundo em guerra e vemos uma guerra contra o nosso povo, contra nosso direito, contra nossa história, e temos que fazer valer nossa história. Queremos uma sociedade saudável, na mesa, na comida, queremos nossos povos originários reconhecidamente como nossos mestres. Uma floresta em pé nos enriquece muito mais, e quem deixa ela tá de pé são os povos que plantaram ela há milênios para nós”, declarou Letícia Sabatella, em sua fala que resume o sentimento da sociedade contra os projetos que podem trazer impactos diretos e irreversíveis para a Amazônia, os direitos humanos, o clima e a segurança da população.
“A gente precisa de união, solidariedade, a gente quer ser bem tratado, ter comida limpa na nossa mesa, sem veneno, sem agrotóxico, a gente quer proteger os povos originários, a gente quer amor, a gente quer afeto”, completou Maria Paula.
Mais cedo, o grupo formado por 40 artistas entregaram uma carta escrita com integrantes de organizações civis contra as leis antiambientais que estão em discussão no Congresso Nacional para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Eles também se reuniram com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para falar sobre as ameaças do pacote da destruição em trâmite entre os congressistas.
Entre os atores, também estiveram Paola Carosella, Bel Coelho e Bela Gil, que falaram sobre a insegurança alimentar proporcionada pelo uso descontrolado de agrotóxicos. “O Brasil pode produzir comida e riqueza de outra forma”, declarou Paola Carosella.
Em suas falas durante o ato na Esplanada dos Ministérios, os participantes também engrossaram o coro contra Bolsonaro (PL) e seu aliado político, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que tem acelerado a votação do pacote da destruição.
Projetos de lei que facilitam a grilagem de terras, liberam agrotóxicos sem controle e praticamente eliminam o licenciamento ambiental já foram aprovados na Câmara – em modo relâmpago, sem debate ou conhecimento amplo da população. Está nas mãos do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, impedir que esses PLs sejam aprovados sem que se ouça a ciência e sem que a sociedade discuta adequadamente com o Parlamento seus riscos e suas consequências.
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Publicado originalmente no Mídia Ninja.
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