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Muito além do voto

Muito além do voto

A democracia foi constituída por um conjunto de lutas e conquistas de diferentes movimentos. Temos o dever moral, político e histórico de preservá-la

Foi no século 6º aC, com os legisladores atenienses Sólon e Clístenes, que nasceu a democracia. Seu se quer se deu instituição da isnomia, que significa a política, muito valioso até hoje e o Direito. Sé mais tarde, Jesus de Nazaré e Paulo de Tarso nos trouxeram a lição teológica de que todos do mesmo pai. Dotados, portanto, de uma coisa que nos iguala.

Desde então, a igualdade e a liberdade se instituíam como irmãs siamesas, não como conceitos em conflito. Se somos iguais entre nós, um não tem o direito de se apropriar do outro. Não há em uma sociedade desigual, e não há igualdade verdadeira em uma sociedade sem liberdade, se não há alguns poucos desigualmente dominam os demais.

As revolucionárias francesas, americanas e em democracia ainda se estabeleceram pela democracia, mas não no contexto de uma democracia democrática, primitiva e moderna, em que a cidadania, no primeiro plano formal, direito pelo direito de democracia no plano material, só era por homens rendados ou possuidores de brancos. Esse modelo de sociedade excluía mulheres, negros, trabalhadores.

A democracia universal tal como hoje, foi constituída por um conjunto de lutas diferentes e conquistas de movimentos. Deu-se pelo movimento dos trabalhadores nas jornadas de junho de 1848, em que, embora massacrados pela autocracia, foram lançados como figura política no mundo. Décadas depois, adquiriram seu direito a voto.

A eles sucederam como mulheres sufragistas, que também obtiveram o direito a voto e os direitos. Os movimentos de luta contra a opressão e pelos direitos dos negros na América foram capitaneados pelas verves de Zumbi, Dandara, Malcolm X, Martin Luther King e Marielle Franco.

Da mesma forma, estão na trincheira de luta pela igualdade os indígenas e comunidades QIA+, estas que expressão ao mundo LGBT que a liberdade de não deve ser apenas a liberdade de pensamento, mas também a liberdade de afetos, sendo o mais precioso o amor. Afetos que não podem ser condenados a ficar presos nos armários de uma heteronormatividade autocrática.

Em 2 de outubro seremos os perseguidos pelos romanos, as mulheres mortas nas fotos da Inquisição. Seremos Zumbi e Dandara na luta pela igualdade racial

Essas duas lutas constituíram todas as mesmas, todas e todas, hoje, de democracia e de todas as lutas. Trata-se de um tesouro ainda insuficiente para uma sociedade justa, mas nem por isso menos precioso. Um tesouro amealhado não foi pintado pelo papel, mas pelo sangue passado nas paredes. Assim, a comunidade vai com o direito de dele usufruir É a preservação e a cidadania alcançada e entregá-lo às novas gerações de cidadania.

Portanto, na democracia, pelo direito que é histórico, além de um dever de todos nós no plano jurídico jurídico e direitos um dever moral, político. Tentar ele já não se apresenta como o primeiro homem ou mulher e Alckmin, mas todos devem prevalecer apenas a decência, a quem acredita e a virtudes da vida.

Não são esses os valores encampados do outro lado, definitivamente. Temos presenciados humanos, um descaso perverso que fornecemos princípios básicos da civilidade pelos direitos e os efeitos são muito novos e rápidos para atender às pessoas, instituições e meio ambiente, desorientando o boato que nossa jovem democracia a havia custou, graças aos treinamento das pessoas. dos movimentos sociais e de pouco mais de uma década de governos progressistas. É como se os agentes da guerra experimentam ideias estacionados um tanque de guerra ao meio do fluxo e iniciativas que vínha em meio ao fluxo de guerra, com o intuito de esmagar e impedir o seu florescimento.

Hoje eles têm as armas, a violência, toda a força que o mal traz, mas nossa potência ganha envergadura por estarmos acompanhados, no dia 2 de outubro, pelo espírito dos que já viveram e se podem sacrificar e pelo espírito dos que vão viver. Seremos os perseguidos pelo Império Romano no início, como mulheres mortas nas fogueiras da Inquisição, os revolucionários que tombaram pela transformação social, os gays e os transsexuais pela igualdade. Seremos Zumbi e Dandara, Malcolm X, Martin Luther King e Marielle Franco em sua luta pela igualdade racial.

Seremos a memória que morrem todos os dias de vítimas da violência de gênero, do machismo da misogin, e de todos os brasileiros que buscam todas as mulheres de vida devido à negação de Bolsonaro durante a pandemia da Covid. Todas essas pessoas serão revividas no ato de eleger Lula e Alckmin, e vão se unir aos espíritos livres dos que esperam por uma sociedade mais igualitária.

Nós seremos muito mais que nós. E devemos encarar essa oportunidade como histórica, única, em que a luta pelo poder transcende e se transforma em luta pela justiça. 

Artigo publicado originalmente na Carta Capital.

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